1 de julho de 2012

Lembranças



E eu me lembro da gente, sentados na mesa sempre sinto esse cheiro de café no ar. Lembro das risadas que dávamos, dos abraços apertados, dos puxões pela cintura, dos beijos no pescoço. Lembro-me de você perdendo a linha. Lembro-me de nós deitados no chão sem folego de rir. Do gosto da sua boca e eu sem saber se é amor. Das suas manias bobas, do quanto somos diferentes, do quando somos imperfeitos, do quanto somos reais. Do palpitar forte no peito, das pupilas dilatadas. De quando eu ficava doente, e você me abraçava, depois de quase me matar sem ar. De você chorando. Me lembro do quanto tudo isso é bonito. Lindo, se não fosse trágico. Trágico por esse amor ser idiota, ser sem nexo algum. Trágico sim, cômico, animado, maduro, pateta, besta tanto quanto nós rindo da cara do outro. Das caretas, das piadas. Das idiotices. Esperei tanto pra ouvir um eu te amo de verdade...Tanto, que hoje em dia, nem sei se eu quero ouvir promessas, prefiro que peguem na minha mão e me levem pra viver do que prometer uma vida toda do meu lado e virar as costas, ir embora. Tantas decepções eu já vivi. Desiludi. Cresci. Mãe, me ensinaram a viver, a beber, a fumar, a dançar, a sorrir, eu cresci, com você. E me lembro de tudo. Não me esqueço de nada. Muito menos de você.

11 de junho de 2012

vou te querer



Vi a vida passar pela janela em todas as noites sem sono. Aprendi que você vive sem mim, que eu não preciso de você, mas o quero, o tempo todo. Vi os teus beijos com um outro alguém em todos os meus pesadelos mais frequentes, o tanto que me doía não transparecia nos meus sorrisos. Esqueça o calor dos meus abraços, prometa me esquecer também. Eu sei que não consigo esquecer nada que eu precise, mas vou fingir. Vou mentir. Vou te querer todos os dias, só em pensamento, porque é escondido, é platônico, é só meu.

10 de junho de 2012

a nossa vida..,



A nossa vida, querendo ou não é um filme só que sem trilha sonora, o drama nós damos conta de fazer, e o final feliz o tempo que dê conta.

6 de junho de 2012

Meu bem...



Deixa eu contar um segredo meu, meu bem, eu que sempre sonhei com um príncipe encantado desisti, sim meu caro, a minha metade da laranja se perdeu e só pode ter uma vadia a chupando por ai…Não te engano não é mesmo meu bem? Esta certo, talvez eu não tenha realmente desistido, apenas resolvi parar pra me cuidar, não bancarei mais a palhaça pelas ruas nem me deixarei apaixonar-me, chorarei no travesseiro todas as noites meu bem, mas não demonstrarei afeto por mais nenhum idiota que possa magoar-me. Meu bem, ei, volte. Te magoei ? Desculpe.

20 de maio de 2012

dura realidade




Se eu pudesse
Eu seria mais de um alguém,
para seguir vários caminhos
E tomar mais de uma decisão.
Queria poder sonhar mais alto,
Mas meus pés me prendem nesse chão...
Dura seja essa realidade infernal.
Duro castigo do cão.

Acordar todos os dias
Gosto de derrota na boca,
Nas minhas manhãs mais frias
Descendo seco na garganta.

Apertas os olhos, forte.
Querendo não mais acordar pra viver
Pois, dura seja essa realidade infernal.
Pois duro seja esse meu jeito de ser.

Aparenta o inferno sobre a terra.
Dura seja ela
Que me faz perder o sono
E a vontade de sonhar.
Com medo das consequências
Dos caminhos que eu tomar,
Escolhi viver, não sonhar.

Realidade maldita
Que todos os dias me faz lembrar
Que eu sou um só,
E que só eu vou viver

Amor,
Nem sei o que mais é isso...
Minto, eu sei,
Ainda tenho o amor próprio
Mais o realismo é tão rude
Que me tira essa virtude
Sonhador de ser.

14 de maio de 2012

Você ? se foi.



Eu fico lembrando das conversas, de cada palavra, cada gesto. Lembro daqueles tempos, do que você era, e comigo já não é mais. A verdade é o meu revez. O azar é que me segue, o ressentimento persegue-me e você mesma sumiu... O fracasso, me subiu a cabeça.
Talvez a ofensa seja pessoal, porém, quem aponta o traidor é quem foi traído. Já gravei, vou tentar novamente te esquecer, e se não conseguir, bem, já sei o que é cair, ao menos tentei ficar de pé. Sou vitima de mim mesma e abranjo o que eu nunca vou ter. Derrota!
Tentar não foi pecado, o pecado foi me iludir, que não é errado, mas se tornou quando eu me feri, demais, chorei, sofri, clichê morri, chega! Cansei, palhaça sou eu, ignorada permaneci e minha falta tu nem sentiu. Eu padeci na saudade. Não repetirei o erro, eu prometi ao meu coração, que se ele doer e se a sua falta o apertar, não vai importar mais pois nos meus lábios, ah, neles apenas sorrisos. Só não prometo esconder a verdade dos meus olhos pais eles são tristes, falsos e incapazes pois minha pupila é você, e você se foi.

13 de maio de 2012

dançando




Dançando

Agridoce


Eu sei que lá no fundo
Há tanta beleza no mundo
Eu só queria enxergar
As tardes de domingo
O dia me sorrindo
Eu só queria enxergar
Qualquer coisa pra domar
O peito em fogo
Algo pra justificar
Uma vida morna
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você(2x)
Não esqueço aquela esquina
A graça da menina
Eu só queria enxergar
Por isso eu me entrego
À um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar
Você acredita no depois?
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você

singelos atos tristes



Tem coisas que são simples, atos singelos, que doem. Que me machucam. Olho certos atos seus e meus olhos se enchem de lágrimas, que me ferem... Daí, então eu decidi fazer o que eu já devia ter feito. A verdade é que eu já tentei uma vez, mas eu errei, eu te avisei, eu tentei te esquecer, mas quem me esqueceu foi você. Chorei, vendo que não fazia mais diferença na sua vida.  Errei uma vez, e vou errar de novo, já deixei meu orgulho ir na frente e não posso mais voltar atrás, quem sabe um dia você não se lembre de mim? Um dia em que eu não esteja mais na sua vida, porque, bem eu to na sua vida, eu quero fazer parte dela, e você não se lembra de mim, mesmo estando do seu lado. Singelos atos, tristes, amargos, salgados de lágrimas.

5 de maio de 2012

palavras



Num texto não se conta a historia de ninguém, pra isso existem os livros. Num texto não há amor, porque pra isso já existe as pessoas. Num texto apenas se encontra as palavras de alguém que ama, que sente, que sofre, que sorri, que chora e que vive. Muitos são aqueles que leem, porém, poucos o que interpretam.  A verdade é que ler é fácil, ouvir é simples de mais, meros mortais aqueles que apenas o fazem, entendam, um texto não tem historia, não tem amor, mas tem nexo, tem melodia, tem vida, e vida não se vê, se sente. Textos então, não são feitos para serem vistos e/ou lidos, e sim pra ser sentidos no mais puro ão da alma. Uma, duas, três. Não importa quantas vezes seja preciso ler e reler, as palavras tem o dom de tocar a alma, e bem mais que tudo isso, tem o dom de fazer sorrir a boca que não mais sorria, chorar os olhos que nunca mais choraram, bater o coração que não mais batia. A força é maior, o dom é natural. Penetra a alma as palavras ditas, mas as escritas fazem estragos, porque o que você fala vem da boca, o que você escreve, vem do coração.

4 de maio de 2012

por ventura.






Um dia, por ventura, ou falta dela, em que amanheceu frio e a neblina cobria a visão da janela, deu-se a rotina de sentir preguiça absoluta de levantar-me da cama, no máximo, tentei sentar-me na cama, ainda enrolada nos cobertores, puxei uma mecha de cabelo para atrás da orelha liberando a minha visão do quarto ainda escuro, os olhos querendo fechar e o despertador tocando aquela musica que você dizia que gostava muito. Como mulher, em dez minutos já me encontrava sentada a mesa do café, sozinha, na solidão da copa, encarando o copo de café com leite sob a mesa e o jornal enrolado do outro lado da mesa, a fumaça da bebida, quente, esquentava meu rosto levemente, porém o cheiro me dava recordações de que você sempre bebia café com leite, em todas as manhãs, independente do clima que tivesse, me dava náuseas. Beliscava umas torradas, mas não tinha fome, era apenas costume. Nesse dia por fim, como eu ia contar que por ventura, ou falta dela, veio a ocorrer fatos na minha vida. Fatos que não me ligavam mais a você. No metrô o relógio marcava sete horas, meu casaco marrom amassado me cobria protegia contra o frio, joguei a boina meio de lado e segui a frente com pressa e quando cheguei ao centro da cidade em questão senti apenas um frio, um vento gelado do norte que fazia o cachecol e o cabelo negro voar, deixando meu rosto desprotegido e um frio por  dentro, o vazio da sua falta, que não sei se você me lembra, mas, você me deixou. Os perfumes importados e baratos se misturavam em meio a multidão de idiotas enfileirados, não, amontoados no centro de uma metrópole, a todo momento sons ensurdecedores, mas não tanto quando o som que me soava nos ouvidos, da sua voz dizendo adeus. Sai em busca da felicidade meu bem, se encontrei ou não, pouco te importa, mas deixo bem claro que não foi numa esquina qualquer que eu me encontrei com o clichê que eu esperava. Não foi atoa, não foi fácil. Ah, é. Com certeza você fez bem na minha vida, deixou momentos, mas o melhor foi a sua saída, deixando um vazio tão grande, vazios grandes, que só podem  ser preenchidos por pessoas grandes, não te altura, nem te tamanho , de amor. O vazio ? Não existe mais. Ele foi preenchido meu bem, por alguém que você nem imagina, por alguém de verdade, e não como mais um, não como você. Foi sorte? Eu não sei. Destino? Talvez. O que te trouxe eu não sei, mas eu sei que nada e nem ninguém vai te levar de mim.

1 de maio de 2012

frio


Eu gosto desse frio. Mas não sei de onde de vem, se é de fora pra dentro, ou de dentro pra fora.