27 de abril de 2012

eu e o vento



O vento que toca meu rosto, que me acaricia até mesmo a alma, é a brisa que leva meus arrependimentos pra bem longe e trás pra mim novos sonhos. A cada dia que passa, o vento frio que por mim passa me lembra de você, e da frieza da sua ausência. Eu e o vento. O frio eu encaro de frente, no mormaço de sol qualquer a esperança de te ver de novo. A cada to que do vento, uma nova sensação de que você está dentro de mim. As pálpebras  pesam, as pupilas abrem, a escuridão vem, e o vento cessa. Noite enrolada em coberta e abraçando travesseiros. Vaga-lumes namorando estrelas, e ai vem a brisa noturna, que faz a poeira da vida subir, que move as águas, que faz tudo seguir em frente. Eu e o vento, o vento e eu. A solidão de um só somado com o nada. A falta, o pouco de tudo que é o nada na minha humildade de seguir a vida enfrente, borrando meu rímel, marcando as xícaras brancas com o batom, deixando pra trás o passado e você. Levando o nós. Contra o vento. A favor do destino.

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